Esta é a peça apresentada na minivigília organizada pelo Coral Jovem. Adaptações foram feitas.
Participam dela: Luciene - juíza, Gilson - escrevente, Clarissa - advogada de acusação, Naiara - advogada de defesa, Alexssandro, Gabriele, Miguel, Shirlei e Iago - jurados, Ana Márcia - Comércio, Aline - Igreja, Gabriela - Dona Ceia Natalina,Gabriel - Joãozinho, Tailor - Papai Noel, Tayni e Liédson - crianças, Tiago, Miguel e Rodrigo - participantes do público
CORTINAS FECHADAS
SAUDAÇÕES AOS PRESENTES
HINO
ABREM CORTINAS
(Cenário: Um Tribunal: bandeiras do
Brasil, do Estado, do Município; mesa, cadeira da juíza, martelo, cadeira para
o réu, máquina de escrever...)
Estão em seus lugares o escrevente,
os dois advogados e os sete jurados.
Entra a Juíza - todos se levantam
- depois se sentam...
Juíza: Senhores e senhoras
presentes: estamos agora reunidos neste julgamento extraordinário, mas muito
necessário. O réu vai ser julgado por não ter mais serventia. O réu é o Natal.
Estaremos julgando se o Natal ainda tem algum valor neste novo milênio, e que
tipo de Natal deve ficar solto, para que tenha alguma serventia e não ameace a
humanidade.
Juíza: Escrevente, quem é a
primeira testemunha?
Escrevente. É o Sr. Comércio,
Sra. Juíza.
Juíza: Pois faça entrar o Sr.
Comércio.
Escrevente: Que entre no tribunal
o Sr. Comércio.
O COMÉRCIO
Música de fundo
(É trazida uma pessoa totalmente
vestida em forma de um grande pacote com a palavra COMÉRCIO bem visível na
frente e atrás)
Advogado de acusação (AA): Sr.
Comércio! Qual a melhor época do ano para o senhor?!
CO: Sem dúvida, a melhor época do
ano para mim é o Natal!
AA: Mas, explique por que isso?
CO: É porque dá mais emprego,
vende mais, as pessoas só querem comprar, junta muito mais dinheiro!
AA: E o Sr. acha que o Comércio
depende do Natal, ou o Natal que depende do Comércio?
CO: Ora... Ora... O que seria do
Natal sem o Comércio? O que seria do Natal sem as compras, os presentes? Qual
seria a alegria das crianças e dos adultos? O Comércio é a grande estrela e
sentido do Natal!...
AA: Não tenho mais nenhuma
pergunta, Sr. Juiz.
Juíza: Com a palavra o Advogado
de Defesa.
Advogado de Defesa (AD): Sr.
Comércio! Se a grande alegria do Natal é o que o Sr. produz, como explicar as
tristezas que muitos sentem neste dia? Mesmo com tantos presentes, compras e
gastos, nem todos se sentem felizes neste dia. O Sr. falou dos empregos gerados
durante o tempo do Natal mas, e como ficam estas pessoas depois desses dias.
Além disso, não podemos esquecer da inveja que muitas crianças e até adultos
sentem por não poderem ter ganhado ou comprado o que os outros compraram e
ganharam? Mas... Isso tudo ainda não é o pior: como dizer que o sentido do
Natal é o Comércio para aqueles que nada conseguiram comprar ou, se compraram,
não conseguem pagar as prestações e tem o seu nome sujo no SPC? Não! O Natal
não depende do Sr.. para continuar sendo o VERDADEIRO NATAL!
CO: Bom... Na verdade o SPC, a
inveja, a tristeza, os sentimentos... Hum... Isso não me interessa. Isso é para
os fracos. (Olha para o público e diz:) Não esqueçam: com uma boa propaganda na
porta, e você entra direitinho e parcela as suas compras em até dez vezes...
Juíza: (bate o martelo) Por
gentileza, Sr.. Comércio! Sem propagandas e manifestações neste tribunal.
AD: Nenhuma pergunta mais ao Sr..
Comércio.
(O Sr.. Comércio fica em um lado,
visível, no palco, para o visual impressionar mais a platéia)
Juíza: Escrevente, quem é a
próxima testemunha?
Escrevente: Agora é a vez da Sra.
Igreja, meritíssima.
Juíza: Pois faça entrar a Sra.
Igreja.
Escrevente: Que entre no tribunal
a Sra. Igreja.
A IGREJA
Música de Fundo
(É trazida uma pessoa
completamente vestida de igreja, com cruz, torre e tudo e com a inscrição
IGREJA bem visível a todo o público)
AD: Sra. Igreja, como é do seu
conhecimento, o Natal está sendo julgado e o seu testemunho é muito importante.
Sra. Igreja, diga-nos: qual é o verdadeiro sentido do Natal?
IGREJA (IG): Relembrar a vinda de
Jesus ao mundo, o grande presente que Deus nos deu, e que não perde a graça e
nem o valor no dia seguinte. Um presente que não deixa as pessoas atoladas em
dívidas para o resto do ano. Ao contrário, é o presente que nos enriquece de
paz, amor, esperança e salvação. Natal é Jesus, o presente que Deus oferece
para salvar todo o mundo pecador.
AD: Infelizmente, Sra.. Igreja, o
Natal está virando um simples motivo para compras e vendas. O que a Sra. está
fazendo para combater esta triste mentalidade das pessoas?...
IG: Nós continuamos ensinando e
pregando a Palavra de Deus. Nós nos reunimos em cultos, em departamentos,
ensinamos as pessoas que, mais importante do que as coisas materiais é buscar a
Palavra de Deus para ter Deus e a salvação eterna.
AD: Ok! Muito obrigado! Não tenho
mais perguntas.
Juíza: Com a palavra o Sr..
Advogado de Acusação.
AA: Sra. Igreja. Vocês se reúnem,
aprendem, cantam, fazem reuniões, planejam e, acredito eu, oram pelos
necessitados. Certo?
IG: Sim! Sem dúvida!
AA: Mas, vocês acham que isso
enche a barriga dos pobres e miseráveis que vivem por aí? Sra. Igreja, sem
falsidades! A Sra. disse que o Natal é o presente de Deus ao mundo, um presente
que traz paz, amor e esperança. De que adianta toda essa baboseira? Pelo que eu
sei, esse tal livro, a Bíblia, que vocês usam, diz: “De que adianta a fé se obras?
É coisa morta em si mesma.” Eu pergunto: o que vocês fazem mesmo na prática
para aliviar, por exemplo, a fome do mundo?
IG: Por exemplo, muitas igrejas
trazem ofertas de mantimento para ajudar aos irmãos mais pobres da Igreja e nos
cultos de festa da colheita os alimentos são enviados para nosso asilo ajudando
aos velhinhos.
AA: (chateando diz) Eu duvido que
todos estão participando mesmo dessas ofertas!!!...
IG: (abaixa a cabeça) Bom...
Seria o ideal, mas, uns esquecem, outros também passam dificuldades e, outros
talvez não entenderam ou não aceitaram ainda o sentido de AMAR AO PRÓXIMO COMO
A SI MESMO.
AA: Sr. juiz, ignoro a testemunha
e afirmo que esse Natal de Jesus - que traz paz, amor e esperança - é um sonho,
uma propaganda enganosa e não pode mais continuar. Afinal, já diz o livro que
os cristãos usam: “Quem não ama a seu irmão a quem vê, não pode amar a Deus a
quem não vê." e "Todas as vezes que fizeste a um destes meus pequeninos
irmãos, a mim o fizeste.”
Juíza: Vamos agora ter um recesso
de alguns minutos, e depois ouviremos as testemunhas finais.
CORTINAS FECHAM
RECESSO
CORTINAS ABREM
Juiza: Escrevente, quem é a
próxima testemunha?
Escrevente: A próxima testemunha
é a Dona Ceia.
Juíza: Pois então chame a Dona
Ceia.
Escrevente: Por favor, que entre
no tribunal, a próxima testemunha, Dona Ceia.
Dona Ceia
AA: Dona Ceia!....
CEIA: Uma observação: para que
ninguém me confunda, meu nome todo é Dona Ceia Natalina.
AA: Perdão, Dona Ceia Natalina.
Todos os dias as pessoas fazem refeições, e isso acaba virando rotina. Por que
a Sra. acha que nesta época de Natal a Sra. seria tão especial?
CEIA: Ora! Sem comentários! Vai
querer me comparar com feijão, arroz e guisado? Por favor, né!...
AA: Então a Sra. acha que a
personagem principal do Natal é a Sra.?!
CEIA: Acha? Não!... Tenho certeza
que sem a minha presença o Natal nem existe. Natal sem a minha presença é um
feriado sem sentido. Afinal, eu preparo os estômagos, fígados e intestinos para
a chegada de alguém tão importante quanto eu: O PAPAI NOEL. Sem dúvida, eu sou
a responsável pelas grandes alegrias do Natal, pois, afinal de contas, o que
seria deste feriado se as pessoas não enchessem a barriga?
AA: Bom... Diante do explicado,
não tenho mais perguntas.
Juíza: Com a palavra a Defesa.
AD: A Sra. disse que é
responsável pelas grandes alegrias do Natal, mas o que a Sra. diz da ressaca,
dor de estômago, exageros, brigas e ressentimentos de muitas pessoas no dia
seguinte?
CEIA: Me poupe de detalhes
desinteressantes... Isso tudo faz parte da festa!... Natal é isso mesmo!
AD: Mas, e quantos nessa cidade e
nesse país não tem o que comer? A Sra. Se sente feliz sabendo que nas ceias haverá
tanto desperdício? A Sra. acha que só traz alegrias? Não seria mais justo
dividir a comida com os mais necessitados do que vê-los nas lixeiras comendo os
restos do dia anterior? Dona Ceia! Assim não é o verdadeiro Natal. Este não é o
Natal que queremos nas ruas. Sra. Juíza, estou satisfeito e gostaria que
entrasse a próxima testemunha.
Juíza: Escrevente, e agora, quem
é a próxima testemunha?
Escrevente: É o Sr. Pedrinho.
Juíza: Sr. Pedrinho? Quem é o Sr.
Pedrinho?
Escrevente: O Sr. Pedrinho é a
próxima testemunha, meritíssima Juíza.
Juíza: Pois então faça entrar no
tribunal esse tal de Sr. Pedrinho
Escrevente: Que entre no tribunal
o Sr. Pedrinho.
(É trazido um ex-menino de rua,
mas agora bem vestido e arrumado, com ares de bem-educado...)
Juiza: Hum!... Que estranho! Aqui
consta que o Sr. é menino de rua. Até que para um menino de rua o Sr. Está bem
apresentável!...
PED: Sra. Juíza, há um engano no
seu relatório. Agora eu sou um "ex-menino de rua" - há um bom tempo
já não vivo mais na rua...
Juíza: Certo! Com a palavra o Sr.
Advogado de Defesa!...
AD: Pedrinho... Como é que você
conseguiu sair das ruas?... Conte-nos...
PED: Olha, doutor. Tudo começou praticamente a um ano atrás. As pessoas me falavam tanto em Natal. Um dia saí da
favela, do meu barraco, e fui por aí perguntar o que era Natal!...
AD: Pois não.... Prossiga
Pedrinho!...
PED: Uns me diziam que Natal era
comida, outros que era presentes, outros que era pinheirinho. Eu andava bem
confuso. Mas foi então que um moço me explicou o que era Natal. Ele falou de
Jesus Cristo - o Filho de Deus - que tinha vindo ao mundo, para trazer
esperança, amor, paz, perdão dos pecados e salvação eterna. O moço me levou
para dentro de uma igreja e, pela primeira vez, eu pude participar de uma
Encenação de Natal. Sabe, foi maravilhoso!... Foi inesquecível!...
AA: Protesto! Meritíssima Juíza!
A testemunha está sendo induzida!...
Juíza: Protesto aceito. Seja
específico, Sr. Advogado de Defesa, e não manipule a testemunha!
AD: Mas, Sr. Juíza!...
Juíza: Sem "mas"
nenhum! Prossiga, ou seremos obrigados a descartar esta testemunha.
AD: E a descoberta do verdadeiro
sentido do Natal mudou sua vida? Por isso que você está com essa educação
melhor, as roupas... Com certeza as pessoas daquela igreja não esqueceram de
você e lhe estão ajudando sempre...
AA: Protesto, meritíssima! A
testemunha está sendo induzida!...
Juíza: Protesto aceito!...
AA: E além do mais, Sra. Juíza,
quem garante que estas roupas não são roubos por parte da testemunha!?...
AD: Protesto, Sra. Juíza! Meu
colega está fazendo uma acusação sem provas!
Juíza: Protesto negado!
Contenha-se... senão... Senão vai ser pior para o Sr. Prossiga, Sr. Advogado de
Acusação.
AA: Obrigado, meritíssima! Bom...
Como eu ia dizendo, este menino não tem condições de ajudar para que este
tribunal seja justo. Seus antecedentes não lhe favorecem. Sugiro que a
testemunha seja descartada.
Juíza: Pedido atendido! O Sr.
Pedrinho pode ser retirado do recinto.
AD: Protesto, meritíssima! Isso é
arbitrariedade. O menino tem um passado de pequenos furtos e delitos, mas hoje
sua vida é diferente. Ele descobriu que o Natal é perdão que vem de Deus. Ele
pode ajudar para que o verdadeiro Natal permaneça nas ruas, casas e corações
neste novo milênio. Esse menino é uma pessoa, e a sociedade deve perdoá-lo e
não discriminá-lo.
Juiza: Retirem a testemunha.... E
o Sr. se contenha!
AA: (com ironia) Obrigado, Sra..
Juíza!...
Juíza: Ouviremos agora a última
testemunha. Escrevente, parece que hoje vai vir ao tribunal o bom velhinho
Papai Noel. É verdade isto?
Escrevente: Sim, Sra. Juíza. Hoje
neste tribunal, até o Papai Noel vai testemunhar.
Juíza: Pois então faça-o entrar.
Escrevente: Que venha o bom
velhinho Papai Noel.
(É trazido um Papai Noel com tudo
o que tem direito de enfeites...)
Juíza: Com a palavra a Acusação.
AA: Papai Noel, desde que esse
mundo é mundo, o Sr. tem se preocupado em alegrar as pessoas. O seu trabalho,
com certeza, é muito gratificante. Fale um pouco dos seus afazeres,
especialmente desta época de fim de ano...
Noel: Bom, de fato, minha agenda
está lotada neste fim de ano. Não é fácil ser o centro das atenções. Quase nem
vim a este julgamento, mas já que o Sr.. Foi tão insistente, e disse que....
AA: (Dá uma boas tossidas...)
Bom, (pigarreia) me fale do seu trabalho, Papai Noel - deixe os detalhes para
outra hora! Ok!?
Noel: Sim... Sim... Estou até
estressado. São muitas entregas, muitos presentes, muitas trocas de presentes -
brinquedos com defeitos - o controle de qualidade não está muito bom - ou as
mercadorias são do Paraguai, pois quase não duram nada. Acho também que as
correspondências estão um pouco atrasadas. Mas, apesar dos pesares, vamos
trabalhando bastante, pois Natal é isso mesmo! Sem Papai Noel, nem tem graça...
AA: Se o Sr. se aposentasse ou
desanimasse, será que continuaria existindo Natal?...
Noel: Olha, nunca gostei de falar
de mim mesmo ou me exaltar. Profiro não responder.
AA: Mas essa pergunta é
fundamental! (Pede licença ao público e cochicha no ouvido da Juíza...)
Juíza: (fala ao público) É que o
Advogado pediu para eu permitir que ele chame algumas crianças da plateia aqui
para a frente... Tens a permissão, Sr. Advogado de Acusação.
AA: (já combinado, chama algumas
crianças - estas vêm à frente - ele lhes dá alguns doces - e diz): Queridas
crianças. Agora a palavra de vocês é muitíssimo importante: por acaso vocês
sabem que é, ou já ouviram falar de um tal de Jesus Cristo?
Cri 1: Jesus Cristo?!... Em que
canal da TV ele se apresenta?!...
Cri 2: Jesus? Se não me engano, a
minha vó um dia me falou... Mas faz tanto tempo... Não era um homem que voava e
que era forte porque os seus cabelos eram compridos? Na verdade, eu não se
direito...
AA: (mostrando-lhes o Papai Noel)
E ele... Vocês conhecem?!...
CRIs: (olham a ele e gritam
juntas alegres) PAPAI NOEL!!! Nossa! Já é Natal de novo!
AA: Diante dessa manifestação
será preciso mais perguntas, para que os jurados decidam qual o Natal que
ficará nas ruas, casas e corações daqui para frente?
Juíza: Vocês, crianças podem se
retirar...
(As crianças se retiram...)
Juíza: Sr. Advogado de Defesa, a
testemunha é sua.
AD: Só tenho uma pergunta, Sr.a
Juíza.
Juíza: Pois faça essa pergunta.
AD: Papai Noel: em que você se
inspirou quando começou a presentear as crianças e adultos?
Noel: Por gentileza, repita a
pergunta. Estou ouvindo meio mal...
AD: Em que o Sr. se inspirou
quando começou a presentear as crianças e adultos?
Noel: Me inspirei no amor que
Deus teve pelas pessoas quando enviou seu Filho Jesus Cristo ao mundo. Apenas
copiei a ideia, mas, reconheço que, por mais que eu trabalhe, apenas copiei uma
ideia...
AA: Papai Noel! O Sr. falou
demais! Estragou tudo! Tem noção do que acabou de dizer?...
Noel: Mas é a pura verdade!
Apesar de todo o meu esforço em entregar presentes, reconheço que eles dão
apenas uma alegria passageira. Já cansei de ver isso!...
AD: De minha parte não tenho mais
perguntas.
Juíza: A decisão agora é com os
senhores jurados. Baseados em todos os argumentos dados, vocês vão votar e
decidir qual o Natal que deve continuar a ser lembrado e vivido.
RECESSO PARA A VOTAÇÃO DOS
JURADOS
(Neste momento os jurados saem
para os fundos para a votação
FECHAM CORTINAS
HINO
VERSOS CRIANÇAS
ABREM CORTINAS
(Está no palco a cena completa do
julgamento.)
A Juíza anuncia os resultados dos
votos dos jurados:
Juíza: Senhoras e senhores
presentes, vou ler agora o resultado da votação dos jurados, para ver com que
tipo de Natal nós vamos ficar daqui para frente. O resultado é o seguinte:
três votos para o natal mundano,
comércios, festas, bebedeiras e etc e mais etc.
três votos para o Natal de Jesus,
o Salvador de todo pecador, o maior presente que Deus deu ao mundo.
um voto em branco.
Portanto, deu empate na votação
inicial. Por gentileza, senhores jurados, como a questão é muito importante,
peço que aquela pessoa que votou em branco vote de novo e tome a sua decisão.
UM OLHA PARA O OUTRO; HÁ UM
SILÊNCIO GERAL
De repente um dos jurados se levanta
e diz:
JUR: Senhores, reconheço que é
muita responsabilidade eu tomar essa decisão sozinho. Gostaria de pedir à Sra.
Juíza que deixasse o público me ajudar nessa decisão.
Juíza: Bom... Nunca tivemos caso
assim, mas acho certo... Aceito a sugestão.
A Juíza se dirige ao Público
Ali tem cinco pessoas já
preparadas para responderem quando a Juíza perguntar
Juiza: (ao público) Gostaria que
neste momento viesse ao palco as cinco pessoas que vão ajudar ao jurado a
escolher o Natal que deverá vencer. Por favor, possam vir até a minha mesa e
depositar aqui os seus votos.
As cinco pessoas saem do meio da
platéia, vão à frente, e juntamente com o jurado levam cada uma seu papel,
entregam à Juíza e voltam a seus lugares.
A Juíza vai à mesa, olha os
votos, volta ao público e diz:
Juíza: Senhoras e senhores, o
tribunal vai entrar em recesso mais uma vez e ao final, nós vamos chamar ao
palco aquele Natal que recebeu os votos favoráveis, que venceu neste tribunal!
FECHAM CORTINAS
PALAVRA DO PASTOR E HINOS
(Enquanto isso, arruma-se o
presépio.)
ABREM CORTINAS
Juíza: Senhoras e senhores,. atenção
para a sentença final. Agora nós vamos chamar ao palco aquele Natal que recebeu
os votos favoráveis, que venceu neste tribunal e que não só deve, mas é preciso
que fique para ser vivido de todo o coração por aqueles que o escolheram e por
todos nos. Que suba ao palco o NATAL VENCEDOR E QUE DURA PARA SEMPRE!
Neste momento o presépio entra
pelos fundos e toda a cena final do Natal se coloca no palco iluminado: Maria,
José, Jesus no colo, os anjos, os magos, os pastores, ovelhas... e tudo...
NARRADOR
Senhoras e Senhores, este é o
Natal que o mundo pecador realmente precisa. Este é o Natal que todo o
verdadeiro cristão também prefere. Um Natal que, mesmo simples e humilde, mas
apresenta o Rei, o Salvador de toda a Humanidade. Um Natal que, através de
Jesus, nascido em Belém, oferece o perdão dos pecados e a salvação eterna, sem
distinção de raça, cor ou posição social. Desde os mendigos, meninos de rua e
bandidos, como qualquer rei, rainha, majestade ou autoridade de qualquer parte
do mundo, pelo sincero arrependimento de seus pecados e a verdadeira fé e
confiança no perdão de Cristo, podem ter a mesma alegria e a mesma salvação que
o Natal de Jesus oferece. O mundo materialista e secular transformou o Natal
num grande circo apenas de luzes, comércio, comidas e diversões, mas que, ao
final, só leva ao vazio, ao desespero e à condenação eterna. Creia no Jesus
Cristo que é comemorado no Natal. Ele é a festa da salvação eterna. Ele é o
Natal verdadeiro para esta vida e para a eternidade. FELIZ NATAL!
Imagens: Neiva Köhler
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