Superação, milagre! Deus, com certeza, tomou o adolescente Felipe Hertz e o tomou em Seus braços. Veja reportagem veiculada no jornal O Correio, de Cachoeira do Sul, noticiando seu retorno. Na próxima postagem o que foi veiculado no outro jornal local.
Felipe Hertz: exemplo de superação e de vida
Com apenas 14 anos, o adolescente Felipe Vargas Hertz já é um exemplo de superação e de vida. Ele é considerado um verdadeiro milagre da Medicina. Felipe teve aproximadamente 70% do corpo queimado em um acidente trágico há seis meses e, hoje, ao olhar para ele, é quase impossível perceber que em tão pouco tempo tanta coisa tenha acontecido na sua vida.
Felipe deu alta do Hospital de Pronto Socorro, em Porto Alegre, no dia 25 de janeiro, e não queria voltar para Cachoeira do Sul naquele mesmo dia. Mas um fato inesperado fez com que ele mudasse de ideia dias depois.
A tia de sua mãe, a senhora Maria de Lourdes Costa, foi atropelada e Felipe resolveu que queria vê-la imediatamente. Maria de Lourdes foi a responsável pela confecção das rifas que ajudaram a família. E foi na madrugada do último sábado que Felipe, seus pais e o irmão mais novo chegaram a Cachoeira do Sul.
INTERNAÇÃO - Felipe ficou seis meses internado no HPS, dois deles na UTI pediátrica e quatro na UTI de queimados. O garoto conta que recebeu muitas visitas neste período e que fez amizades no HPS, tanto que ao dar alta, os médicos e enfermeiros que acompanharam o tratamento choraram ao ver Felipe saindo do hospital. O garoto conta que cada médico o chamava por um apelido, entre eles “Xodó” e “Bebê”.
E o mesmo ele fazia com quem lhe atendia. Chamava uma enfermeira de “Fadinha” e outra, que estava grávida, de “Kinder Ovo”. A mãe, Marildes Vargas, diz que foi um misto de grandes emoções deixar o HPS. Que todos choraram e riram ao mesmo tempo.
Agora, Felipe passa os dias na casa da família jogando videogame e recebendo ainda mais visitas. Ao receber o Jornal O CORREIO, o garoto e sua mãe mostraram-se felizes com a recuperação milagrosa de Felipe e deram uma verdadeira lição de vida.
Segundo eles, o que realmente faz diferença na vida das pessoas é Deus. Felipe aconselha quem está passando por algum momento difícil: “Se agarre nas mãos de Deus e não largue. Acredite Nele sempre, que tudo ficará muito bem”.
Em seis meses, foram 20 cirurgiasFelipe demonstra ser um jovem pronto para encarar qualquer desafio. Ele permaneceu seis meses internado no HPS e foi submetido a 20 cirurgias. No início, os procedimentos eram de desbridamento (ato de remover da ferida o tecido desvitalizado) e depois vieram os procedimentos de reconstituição.
O jovem conta que tudo que o HPS possuía de melhor foi disponibilizado para seu tratamento. A mãe confirma e diz que quando faltava alguma vitamina ou pomada, ela e o pai de Felipe compravam. Outro detalhe é de que Felipe sempre soube de tudo o que estava acontecendo. Sabia dos seus tratamentos, remédios e acontecimentos com a família.
A mãe diz que muitas vezes era o próprio Felipe que dava forças para que todos continuassem juntos e fortes. Ainda faltam algumas cirurgias, mas todas com procedimentos bem mais simples das que já foram feitas. Felipe afirma que o tratamento vai até ele ficar “zero bala” mais uma vez.
CULTO - A família de Felipe Hertz está planejando um grande culto de ação de graças. Ainda não há data nem local definidos. Mr. Beco já confirmou que vai colocar o som do culto. Marildes ainda precisa que alguém disponibilize um local grande, já que pessoas de fora da cidade já garantiram que virão participar.
FRASE - “Às vezes é com os olhos marejados que enxergamos o que é realmente importante”. Esta frase foi impressa em uma foto, como lembrancinha para os médicos do HPS, e Felipe adora. Com isso, a mãe agradece todos que torceram e ajudaram de alguma maneira a família a superar este momento tão difícil e que comoveu Cachoeira do Sul e região.
Saiba Mais>Por enquanto, a rotina de Felipe é olhar televisão, jogar videogame e receber os amigos e familiares. Mas ele já tem planos para um futuro próximo. Conta que está com saudades de andar de bicicleta e de jogar futebol. Além dos estudos, até das provas e trabalhos da escola ele está sentindo falta.
>Marildes Vargas Hertz reafirmou na tarde de ontem que toda a ajuda e oração da comunidade cachoeirense são bem-vindas. A conta no Banco Santander ainda está aberta e foi com as colaborações feitas pela comunidade que a família conseguiu se manter nestes seis meses na Capital.
>Agora, Felipe precisa de um fisioterapeuta especialista em queimados, além de um bom dentista e acompanhamento psicológico. Felipe conta que no último mês em Porto Alegre, teve a ajuda de Fabiano Eller, jogador do São José de Porto Alegre, que conquistou com o Inter o título de campeão mundial de clubes em 2006. “Ele e mais alguns jogadores moram no mesmo prédio que meus pais estavam lá”, conta Felipe.
Alta aconteceu após o primeiro banho> Felipe e Marildes contam que a alta hospitalar aconteceu logo depois que Felipe tomou o seu primeiro banho de chuveiro. A mãe lembra que depois de um dia inteiro no HPS com Felipe, ao chegar em casa, encontrou Samuel, o filho mais novo, chorando e dizendo que “Manão e Pipi tinham lhe abandonado”.}
> Manão é como a família fala quando lembra de Jorni Alfredo Hertz Júnior, irmão de Felipe que acabou não resistindo às queimaduras e morreu em decorrência da explosão do cofre que eles tentavam abrir juntos. E Pipi é como a família carinhosamente chama Felipe.
> Com isto, Marildes decidiu que ia cobrar o filho Felipe sobre sua melhora. E assim ela fez. Chegou no HPS e falou para o menino: “Teu irmão disse que tu o abandonou. Vamos tomar um banho e levantar da cama”. E parece que era justamente isso que Felipe estava esperando, um pedido de mãe.
> Ele tentou tomar banho um dia, com aplicação de morfina subcutânea, mas não conseguiu. Felipe disse que a dor para a aplicação da medicação foi muito forte. Por isso, na segunda tentativa, ele optou por não usar medicamento e tomar o banho apenas com sua força de vontade. E conseguiu.
> No momento do banho, a médica que atendia Felipe no HPS chegou no quarto e quase não acreditou no que viu. Então, ela prometeu que ele teria alta logo em seguida. A mãe disse que a dor no coração, pela perda do irmão, é maior do que a da pele, e isso é confirmado por Felipe. Ele, agora, toma banho todos os dias e sem medicação.
> Felipe Hertz descobriu que a música é sua aliada. Ele diz que ao tomar banho, para esquecer das dores na pele, coloca músicas para escutar e vai cantando durante o banho. Uma delas, que é a favorita de Felipe, é cantada por Priscila Gollub: “Ao olhar pra mim vejo tudo bem; Não importa tanto o meu viver”. Hoje, Felipe e a família estão em Porto Alegre. Lá, ele deve ir todas as quartas-feiras para ter seu tratamento acompanhado de perto pelos médicos que já lhe atendiam.
Importante> Quem quiser fazer alguma contribuição para a família pode depositar qualquer quantia no Banco Santander, na agência número 1052 e na conta 60003372-5, que está no nome de Felipe Vargas Hertz.
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